João Batista Silva
Textos
Uma Rosa!
O jardim não é infinito, é apenas um pequeno canteiro, onde sua mãe cuidava carinhosamente das flores, das rosas, das belezas naturais que encantavam os admiradores que passavam nas proximidades.
Ela sabia conversar com as flores e comigo também, ensinava-me a entendê-las: quando murchavam, recebiam uma dosagem na medida certa de irrigação, que as revigoravam imediatamente.
Quantas vezes, na singela observação, admiravam a beleza que a vida me oferecia e a todos que desfilavam a cantar e a encantar com tanta formosura das pétalas, do perfume e da luz que se derramavam sobre elas. As borboletas que voavam de galho em galho, passando de uma rosa para outra, o beija-flor, tudo era mesmo convencedor de que somos meras criaturas e pertencemos ao Criador.
Uma singular essência exalava jardim afora, perfumes, harmonias, sabedorias, felicidades e o verdadeiro dom do amor. Amor sem medida, sem culpas, sem derrotas.
Ela, em viva voz, pronunciava a mais dócil palavra do jardim.
O amor é encantador...! Encantando-nos com a maravilhosa bênção dos dons da procriação, de carregar para o fundo do coração o direito de ser mãe.
Essa rosa, eu gostaria de reencontrá-la...
E ao encontrar, possuí-la... Lá mesmo, em meio a tantas outras que o pequeno jardim tem nos oferecido, e às vezes, negado por muito tempo.

BOM DESPACHO, 02 DE OUTUBRO DE 2004, ÀS 12:00 H.
João Batista Silva
Enviado por João Batista Silva em 07/12/2017
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