João Batista Silva
Textos
Preservação da Árvore



     É fundamental crescer na conscientização da preservação da árvore. Investir nas campanhas, apresentar argumentos e mostrar resultados. Uma árvore, mesmo isolada no passeio, no quintal, nas propriedades rurais, precisa ser protegida e preservada.      
     Falar de proteção da árvore com carinho é satisfatório e muito mais eficaz do que argumentar em proibições. As proibições não estacaram os desmates. Centenas de pessoas continuam derrubando grandes florestas pelo mundo afora. Mesmo com parcerias intensificadas dos órgãos de defesa das florestas, milhões de raízes continuam sendo arrancadas e jogadas à luz do sol.
  Havendo Política Pública Social Educativa de Conscientização nas escolas, como disciplina de pré-requisito, o resultado poderá ser bem mais satisfatório. Em cinco, dez, ou quinze anos, a mentalidade poderá ser diferente, se o planeta suportar até lá, carregando com vida, o verde e água para saciar e manter equilibrada a temperatura global. Os estudos de projetos mais ambiciosos poderão resolver o que não resolveu, em lugar nenhum do mundo, apenas com proibições. Até parece que a reação à proibição gera efeito oposto.

      Derrubaram e continuam amontoando raízes de centenas de árvores que se dizem protegidas por lei. A lei e as autoridades de um lado, a vontade popular e os interesses financeiros de outro e as matas desaparecendo do planeta terra. Essa é a realidade em que o mundo viveu e está vivendo.
     O dia em que a esfera política legislativa municipal entender que é prioridade conhecer com profundidade os problemas dos seus municípios, haverá grandes passos direcionados ao que se precisa na elaboração de mecanismos conscientizadores na possível retenção de derrubadas de árvores. Mesmo no singular, iniciando com uma aqui, dez ali, na soma do ano, o desmatamento foi absurdo e deixa a desejar a toda população.  

     Inclusive na alteração do clima e da água, é importante que haja vontade dos políticos nos municípios, nos estados e na federação. Das secretarias de educação e dos ministérios e sobretudo do povo em geral. A parceria precisa de laços fortes, ministérios públicos de todos os escalões de defesa ambiental, policiamento diversificado e serviços de engenharia.    
     Rastrear focos de incêndios, clarões de desmatamentos nas grandes florestas é importante, mas não conseguiu atingir o ideal desejado das autoridades ambientais e os problemas continuam aumentando dia após dia.
     As medidas educativas terão forças para tentar mudar o quadro em que vivemos e apontar outras posturas, que terão forças na tomada de decisão diante do desmatamento também ambicioso que vai queimando e transformando em carvão vegetal sem critério nenhum, para manter o equilíbrio da fauna e da flora e dos animais e aves em extinção, no seu habitat. Desagregam-se para as cidades em busca de alimentação através das poucas árvores frutíferas que existem nos quintais e nas ruas, já que existem algumas propriedades rurais sem nenhuma árvore para abrigar um pequeno ninho de garrancheiro, do sabiá, ou um galho para o João de Barro construir sua casa; chega faltar até o barro!
     É lamentável dizer, mas precisa ser dito, enquanto há tempo de verificar e mudar o comportamento. Os conselhos são importantes, mas não conseguiram apresentar respaldo de suas atuações. Em Minas Gerais, a Polícia Militar (PMMG), trabalhou e continua trabalhando, a Polícia Civil indiciando e apresentando vários inquéritos, as notificações são transformadas em penalidades de multas, outras, em prestações de serviços sociais.     
     O Ministério Público fazendo o que pode com justiça e as matas caindo, dando lugar aos enormes canaviais, lavouras de soja e plantios de matas de origens estrangeiras e como sempre, em pastagens de forragens de capim.          O interesse evolucionista comercial é soberano. Muitos crimes não existem e se existem, são culposos. Às vezes, nem há forças para cobrar medidas de reposição do bem danificado, pois não há êxito em novas medidas que superem a competição da demanda. O machado foi substituído pela motosserra, e por fim, os correntões esticados em dois tratores, vão derrubando eixos de quase cem metros de largura, dependendo da topografia e da vegetação.         
     A proibição conseguiu estancar por um longo período os abusados crimes ambientais, mas a sede da terra nua, das pastagens, das diversas propriedades rurais em que lutam para produzir leite e carne bovina com qualidade para saciar centenas de milhões de pessoas, ainda não tem em mãos estudos científicos que aponte a sombra da árvore como principal fonte de qualidade do leite e da carne, como da saúde do animal em geral, podendo refletir na saúde do homem e em outros benefícios.           
     É uma questão de tempo e que sejam próximas, nova medida e nova decisão em que o plantio de árvores da vegetação brasileira seja visto de forma necessária para a preservação da vida.    
      A escrita e principalmente a poesia é uma forma de refugiar com ética e elegância os descontentados momentos em que a solidão fermenta a intimidade soberana da consciência do inconsciente. Se o poema é fruto de gestação, a poetisa é sagrada mãe e o poeta, pai e não há outro caminho em que a vontade conduz mentalmente os desejos alimentados pelo tônico mental da sensação, em que o psíquico é favorável aos instintos em proporções de igualdade e de pensar, escrever e publicar, e/ou pensar, escrever e arquivar; o segundo caso, não é abortivo, mas dificulta o nascimento; o primeiro, predestina a sonhada obra e os sonhos de seus autores.          
      Mudanças comportamentais em todos os seguimentos sociais, político, financeiro, agrícola, pecuário, industrial e outros.
      Construir uma caixa simples para coletar produtos orgânicos (detritos, fezes, massas e líquidos) humanos e de animais. Nos passeios, ou partes externas do imóvel, com facilidade de acesso para o recolhimento em conformidade aos lixos urbanos, predestinados aos locais distantes dos mananciais.
      Conscientizar a população a não usar produtos tóxicos nas lavouras e limpezas urbanas, mesmo de natureza leve. Quanto à despoluição, a própria natureza se encarregará em curto prazo. Reflorestar as áreas degradadas o mais rápido possível, dos cerrados às matas atlânticas. Parar de desmatar o pouco que ainda existe de árvores no Planeta Terra. Conscientizar através das escolas e meios de comunicações as tomadas de decisões. Fiscalizar o cumprimento das leis existentes. Envolver as crianças, adolescentes e jovens no trabalho de mudança das atitudes.  
      Os casos de crimes ambientais abusivos precisam ser tratados com severas decisões e ressarcimentos dos estragos provocados à natureza, ao estado de direito dos seus públicos. A água, a qualidade do ar, a vida...
      Em muitos lugares, as vegetações são arrancadas para dar lugar aos novos loteamentos, às ferrovias, rodovias, áreas esportivas, aeroportos, áreas de plantios diversificadas, mineradoras, etc. Eis algumas medidas que poderão ser adotadas.

 
19 de dezembro de 2014, às 22h.
João Batista Silva
Enviado por João Batista Silva em 18/12/2018
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