Árvores
Todas são matas,
Ou melhor, uma floresta
Nenhuma é catástrofe...
Nada será pior,
Que o mundo pode repudiar
Na expressão que se deve tomar.
Na medida, novo peso...
Novo olhar!
Outras em que se pode confiar
Acreditemos na justiça e no amor.
No Rio Madeira a riqueza
Ouro ou prata e ninguém deve duvidar?
Do outro lado a vontade de mudar.
E que lado é este?
Até quando suportar?
Em que respire e se suporte
É o momento e outro não precisa esperar.
Dia e noite o Madeira, a madeira vai levar
De barcos e canoeiros,
Aos navios, acompanhar...
Grandes toras na água a deslizar
Formando uma estiva,
Até parece que se pode viajar
Sobre elas, até do outro lado ancorar.
Deus! Meu Deus...
Leve a madeira e deixe
Do suporte (raiz) de outra árvore
A brotar e crescer
Até que a água
Do Madeira possa carregar.
A bela Índia chegou ao rio...
Para se banhar, parou e viu
Sua floresta descer,
Como os peixes a nadar.
De fome e frio, e tudo que via.
Assustada e trêmula, parada, temia.
02 de janeiro de 2015, às 23h.